sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Natalismo

Quando dezembro chega fico animado de cara! Não só pela minha comemoração de nascimento, mas também pela 'espiritualidade' que aparentemente domina essa época de desfecho anual.
Nas primeiras semanas do mês 12, os cristãos vivenciam o advento-preparação para a chegada do Cristo- que justifica a comemoração do natal, não é?!
Mas, o que há é um mês marcado, mais do que qualquer outro mês, pelo consumismo, capitalismo, estrangerismo...e vários outros termos que tenham o tal sufixo que você possa pensar!
O são Nicolau por exemplo, pobre espírito! Foi um homem de enorme caridade que habitou neste nosso universo séculos atrás, e que depois teve sua imagem Mortalizada pelo velhinho de barba branca, roupa vermelha e olhos azuis-coincidentemente ou não- as "cores" dos Estados "Unidos" da América, o país que tanto queremos ser.
Lojas lotadas! Um verdadeiro inferno consumista em meio ao nosso quase extinto "inferno verde", como chamavam os colonizadores portugueses.
Será que a estima de uma pessoa por outra só pode ser demonstrada nessa época do ano, e por presentes? É mesmo necessário comprar a sua "roupa de natal"? Talvez se as pessoas descobrissem como e por quem são produzidas essas roupas de marca que tanto transformam em moda se conscientizariam um pouco...Mas, não se preocupem consumistas. Se algum vestimento apresentar problema, liguem para a tal marca e reclamem, que assim as pobres crianças chinesas e africanas em seus respectivos países, aprenderão a fazer melhor com boas palmadas de ano novo!
Essa é de fato uma época de festa. Festa para os capitalistas, alienadores e cia.
O que vivemos de fato nesse período é um natalismo- triste neologismo que tenho de criar para expressar o advento capitalista para o ano seguinte. Pois não esqueçam que 2008 começará com juros e pagamentos. Mas sei que estamos todos acostumados.
Sendo assim, desejo bons pagamentos e que haja dinheiro- ou money- já que falamos tantas palavras estrangeiras...E comecem a se preparar para o próximo tempo natalista que há de vir. Já que as coisas nunca mudam...afinal, somos o país da ordem e progresso! Ou será do tio Sam verde e amarelo?!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Paranóia Eloquente

Por que às vezes ele tem que beber, chegar tarde e falar besteira?
Por que parece que nada do que eu faço o orgulha?
Por que ela, ao meu ver, a educa tão mal e ignora minhas visões pela minha idade?
Por que ele tem de ser tão intruso? Tão alienado?
Por que ela gosta tanto de fazer comparações?
E, porquê será que eu não consigo demonstrar que os amo tanto, se eles mesmo com tudo o fazem com enorme facilidade?
Sinto medo que essa fase não passe.
Insegurança em excesso;desejo em excesso;dúvidas em excesso;auto-cobrança em excesso...isso, em mim, faz-me querer mais a solidão.
Cuidado em demasia; moralismo e tradição em demasia; convencionalismo em demasia...isso e mais um pouco que há na maioria em minha volta me aprisiona com mais intensidade nessa claustrofobia necessária.
Enquanto a vida vai se tornando cada vez mais inusitada, eu busco apoio em minhas conquistas, objetivos em traçamento e, em meus sonhos um ar límpido para purificar minha imensidão interior.
Uma solução talvez fosse abrir azas e voar;agir naturalmente. Para quê martirizar minha mente se o que é certo pode estar errado, e o que é errado pode estar certo?!
O que é o certo? O que é o errado?
Se essas sangretas interrogações aparetam nunca cessar, é melhor que eu continue vivendo e esqueça disso por enquanto. Ao menos por agora.

sábado, 8 de dezembro de 2007

8 de dezembro

Parece mais que foi ontem, quando me machuquei pela primeira vez, quando adentrei à escola no primeiro instante, quando dei o 1° beijo, quando aos 8 já meio que começava a querer "decidir" minhas vocações futuras...
Hoje, tenho muito a agradecer ao nosso bom Deus pela vida que confiou em minha alma. Vida esta que se iniciou num parto complicado e, que dali, já meio que mostrava a força pela qual eu devia seguir no futuro.
Devo agradecer pela minha família, base natural, diretriz de meu coração.
Pelos amigos queridos que enchem de vigor meus dias. Pelas dores, desamores e incertezas já passados em meu viver que me fizeram e me fazem querer lutar mais e mais pelos meus inúmeros sonhos.
Sonhos! Ah sonhos! São a energia preciosa para a vida de todos.
Devo pedir perdão pelos momentos que habito em caminhos no mínimo sinuosos ou obscuros. Sou apenas "normal", normal como os loucos, normal como todos.
E também pedir, prometer a mim mesmo que nada vai me fazer desistir, que nada me fará cair.
Termino este dia radiante, libertando de minha mais pura filosofia introspectiva essa pequena crônica de meus 16 anos!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Momentos inusitados

Minha mente está sintonizada numa órbita obscura.
Não consigo mais decifrar os sinais. Não entendo essa tristeza repentina que diariamente invade meu ser.
Sei que isso pode parecer tolice, vindo de um jovem de 15 anos, mas o pior disso é que nem eu sei explicar o que há.
Tem horas que saio dessa dimensão, mas não consigo atingir ou enxergar nada. Às vezes, mais parece que eu ingeri uma garrafa inteira de absinto.
Loucura? Depressão? O que devo estar passando?
Hoje(agora pouco) perdi o ânimo para estudar para as provas em plena semana final de ano letivo. Resolvi então andar um pouco, ir conferir as comemorações de 50 anos da paróquia local. Lá encontrei queridas pessoas, onde por educação retribuir falsos sorrisos aos exuberantes e verdadeiros que me transmitiam. Fica mais difícil ainda quando tenho que pedir desculpa a mim mesmo, ou quando consigo atuar tão bem que nem os amigos mais próximos percebem minha "viagem solitária".
É tudo muito maluco. Inusitado como a vida.
Até que um mínimo detalhe me faz resgatar um pouco de ânimo,nem que seja para ter escrito esse texto que você lê;minha vizinha chega da igreja, chama-me. Quando vou atendê-la, ela começa a comentar sobre a história de vida da senhora que acaba de passar, e conclui com uma brilhante mensagem:"a fé é a solução e força para tudo".
Não sei se amanhã quando acordar levarei essa mensagem pelo resto do dia, só sei que para o término de hoje serviu um pouco.

sábado, 24 de novembro de 2007

Ouça(m)

Eu sei que quase sempre é difícil entender a causa real das coisas.
Só te digo com toda minha alma que a "decisão" que tomei foi pensando em mim e muito mais em você.
Minha vida é, melhor dizendo está, uma balança indefinida, onde sou tomado por uma tristeza repentina num momento de alegria.
Não quero envolver ninguém em minhas opacas dores internas, pois sei que todos temos feridas, dúvidas, momentos de desvaneios...isso é a vida!
Talvez o viver não seja da forma que queremos e as metas acabam por ser transformadas de forma avassaladora. Isso somos nós.
Só quero que saibas que sempre terás em mim um amigo, e em você sei que encontrarei o mesmo...mas, isso já te disse em outrora.
Bem, era essa a pequena confissão que meu introspecto queria que eu libertasse agora para que você e todos simplesmente ouvissem.
É isso...

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Adelina

Ao começar a ler este texto, pelo título, você pode pensar que eu venho destrinchar sobre minha "musa inspiradora", como José de Alencar fez em "Helena", ou como Tomás Antônio Gonzaga fez em "Marília de Dirceu".
Infelizmente não é isso. Adelina é(foi) uma pessoa próxima que teve seu desfecho dado antes do tempo de forma dolorosa, equivocada e misteriosa. Sobre a forma pela qual essa moça cheia de vida nos deixou hoje, prefiro não comentar pois temo que a "justiça" que tarda e falha me acuse de falsa acusação ,ou coisa do tipo, em relação à sua investigação e perícia mascaradas pelas evidências e contradições ,que são de conhecimento óbvio de todos, deixadas de lado por motivos "de força maior".
Semana passada mesmo, eu ia em direção ao ponto do ônibus fardado para o colégio e, passei de praxe pelo outro lado da rua em frente a sua casa. Como sempre ela ascenou e exclamou com um belo sorriso em sua face:Elilson!
Hoje,esse sorriso irradiante se fechou para sempre.Fui tomado por uma angustia de não querer acreditar no acontecido, e lágrimas quentes escorrem pelas janelas de minha alma que já está cansada de tamanha impunidade e injustiça.
Infelizmente, os familiares vão ter de se conformar com a irreparável perda com o tempo; Tristemente, Alex de 8 anos, o lindo filho que ela deixou, terá que além de não ter o pai que foi morto antes dele nascer, viver sem sua amada mãe;Minha irmã não terá mais sua amiga de infância; eu e todos que puderam conhecer e conviver não veremos mais aquele viver forte...
Engano! Pois a imagem que minha alma guardará não é a de um corpo sem vida num caixão, mas sim aquele sorriso exclamando meu nome pela última vez dias atrás.
Que a verdade prevaleça. Que exista justiça. Que o conforto apareça. Já que a vida tem de continuar. Sem Adelina, mas tem de continuar.

domingo, 28 de outubro de 2007

Ainda Há Brasileiros...

A vida do brilhante ladrão

Sexta-feira, eu saía da motononia viciante da internet e me preparava para dormir. Sem êxito. Minha "querida" Nininha, insônia, não falhou...ainda bem!
Em vez de ler, resolvi ligar a TV, pois sei que fora do horário nobre as "grandes" emissoras às vezes aderem a boa prática de transmitir uma boa programação, como fazem o dia inteiro emissoras menores como a TVE e Cultura.
Pois bem, algo no Talk do Jô me chamou atenção, na verdade foi o substantivo que anunciavam ao próximo entrevistado:Sacolinha!
Sacolinha é um homem de seus 25 anos, de aparência simples que logo se limita a exuberante inteligência de suas palavras. Não me recordo de seu nome verdadeiro, só sei que ele ganhou esse apelido quando foi trabalhar como cobrador de ônibus após passar por várias e distintas profissões. Ele sempre soube de uma coisa: era pobre.
Apesar de ter vivido e crescido num meio sem incentivo algum a cultura, ele desde cedo se interessou por literatura. Queria ler muito, queria livros!
Mas, como iria comprá-los?! Ele não tinha dinheiro, nem queria apenas ler os livros das bibliotecas, queria montar sua coleção, pois então virou um magnífico criminoso: ladrão profissional de livros!
Hoje, o menino negro e pobre cresceu em todos os sentidos, e é coordenador de programas de incentivo cultural em secretarias estaduais. E, além de conhecer os literários e suas obras de A a Z, é também escritor de contos. Sacolinha é seu pseudônimo na hora de escrever.
Ele diz com orgulho:"minha vida só se traçou quando eu comecei a ler";"Quanto aos antigos furtos, se alguém hoje quiser me processar que o faça! A única riqueza que eu tenho é uma instante repleta de livros".
Não leitores, não estou fazendo literatura. Essa linda vida existe! Ainda existem brasileiros assim: diferentes do óbvio, do normal, dos que vivem apenas por novelas, futebol e carnaval e de braços cruzados para a realidade, como já descrevi em "Povo Inerte".
Pois, ainda existem. Poucos, mas sobrevivem!

domingo, 21 de outubro de 2007

Basta!

"Bomba, avião, helicóptero para ocupar território e deixar ao deus-dará. Outras tragédias não soam[...]muito barulho por nada..."
Kid Abelha.

A pouco comentava um texto de um estimado amigo poeta, indagando a "realidade" a qual vivemos, e acabei exclamando que o que há é falta de realidade, pois era pra reinar a felicidade plena...

Pois bem, desde ontem a hoje que eu e vários amigos, inclusive o poeta, fomos avassalados por uma perca familiar fatal de uma pessoa querida e próxima.

Quando algo assim acontece vários questionamentos vêm em nossas mentes, mas agora o que exclamo é um simples Basta!

Quantas Julyanas, Marias, quantos Fernandos, Tarcísios, precisarão ser provas vivas da violência pela perca de familiares?! Quantos J.Hélios precisarão ser arrastados por um veículo até a morte?! Quantos mais?! Até quando não será feito nada, até quando?!

Violência famigerada, cotidiana, costumeira=sociedade desiquilibrada;sistema doente;vidas acabadas e planos destruídos.
Culpa de um;culpa de todos!

É por isso que agora completando a mensagem da música em epígrafe, eu quero gritar manifestando toda minha dor desse viver a você ouvinte, a você no mundo: Façam silêncio! Ouçam a vida cantar!

"o homem é a criatura mais desprezível que há, pois ele causa dor com plena consciência"

BASTA!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Marcas do Sistema

Aquele parecia ser só mais um dia. Faz um mês. Era sábado, como de costume sai no horário de almoço das atividades exercidas pelo grêmio na escola, e fui em direção ao curso de inglês localizado no centro da cidade.
Foi então que tranquilo eu andava, parecia até estar sem tino, fui surpreendido por um "crimonoso" numa tentativa de assalato. Sobre esse fato ocorrido paro por aqui, pois temo que minha reflexão vire uma rotineira notícia jornalística ou mesmo um depoimento policial.
O grande fato é que esse ato de violência abalou meu introspecto, pertubou minha alma e testa minha essência todos os dias.
Isso! Pois agora não posso ver um homem vestido de tal forma ou que aparente tal jeito na rua, que não sinta medo, angustia, aflição. E depois de todo esse mar de sentimentos preconceituosos, eu acabo às vezes tomando um ato inesperado:simplesmente choro.
Outro dia, largava eu da escola e caminhava pela rua, onde um garoto maltrapilho com uma pipoca na mão me olhava sem parar, acredito que chamado atenção pelo fardamento militar. Só que na hora o que fiz foi parar no caminho cheio de medo. Ele por sua vez num único fôlego de indignação exclamou: "-tás com medo de mim, é boy?!" e foi embora balançando a cabeça. Isso acabou com meu dia.
É por isso então que muitas vezes choro internamente, pois o sistema que vivemos me fez ficar ligeiramente preconceituoso. Logo eu, meu Deus, que abomino qualquer forma de preconceito?!
Mas, essas coisas podem ocorrer com qualquer um. Essa doente sociedade não escolhe quem, apenas acontece.
É daí que me indago: até onde sou vítima?! até onde aquele homem era "criminoso"?! Enquanto fico sem respostas, vou levando a vida-ato tipicamente brasileiro.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Insônia

Na calada da noite, não consigo dormir. E é aí, em minha "doce cruel" insônia, que gozo dos meus momentos prediletos: solidão!
É quando estou só, apenas em companhia da florescente luz elétrica; das infernais onomatópeias, produzidas pelos insetos, e do famigerado "tic tac" do relógio de parede do cômodo mais próximo é que consigo escrever, chorar, sorrir, sonhar, ter até premonições... Exceto dormir!
Nesse momento, que já virou um hábito cotidiano, melhor dizendo, um ritual, é que viajo nos erros e acertos do passado, nos quadros pendurados em minha memória, nas dores ainda vivas;é aí que vem a inspiração pro amanhã ou o ócio fatal!
Todos nós temos um "buraco negro" ,onde estão as mais terríveis lembranças, mas que inesperadamente quase sentimos conforto ao mergulharmos mente abaixo. Afinal, a vida é feita de antíteses!
Já pensei em me tratar. Mas, para quê irei me livrar de um momento tão expressivo, puro onde o futuro parece estar a um mínimo passo, onde a liberdade de ser totalmente verdadeiro existe?! Para quê me livrar de um momento só meu, depois de um costumeiro dia útil?!
Então, que minha carne pague as consequências das noites mal dormidas, pois se a causa for esse sublime êxtase na alma, que eu fique acordado para sempre!

sábado, 6 de outubro de 2007

Extra-Extra

Bem-vindo a cúpula central! Aqui a sua e a minha vida são um tanto por decididas.
Aqui os sonhos de alguns se cumprem com facilidade...os nossos são guardados a sete chaves, enterrados e esquecidos.
Neste único lugar habitam pessoas da mais íntima relação com nossas mentes e especialmente com nossos dedos...
Não hesite! Ao centro fica a chefia, aos lados os grandes circos, onde os atores com enorme talento e desvalorizados pelas emissoras novelísticas são palhaços de terno. São esses mesmos "artistas da interpretação" que nos fazem às vezes não sentir orgulho de ser desse país.
Mas, não se alegre muito ao visitar este lugar, pois você pode se infectar com algumas raridades de vírus e bactérias que você e eu aceitamos e mantemos!
Terminando esse anúnicio político, eu te faço uma exclamação final: bem-vindo ao show de horrores, mais conhecido por Brasília!



p.s: caso algum de vocês sintam vontade de conferir o enorme talento desses seres para interpretação, sintonizem em seus televisores o canal 55-tv Senado...

sábado, 29 de setembro de 2007

Desabafo

Devo começar pelo que tem sido meu introspecto ou por onde errei?! Que seja então pelo que estou sentindo agora. Minha alma anseia por respostas.
As vezes o que mais quero é que as formigas façam logo inúmeras colônias em meu corpo, mas é daí que consigo obter um ar límpido e confortável para aguardar as conquistas que ainda devem estar por vir.
Mas, porque tenho que viver assim?! Deixando que as pessoas(inclusive as mais próximas)apenas me julguem pelo que exerço e esqueçam as coisas que faço e a pessoa que sou? Eu só faço voltar ao fundo do poço.
Permito que as aparências cubram minha pertubadora essência e a mais "sublime" depressão que vivo internamente.
As pessoas acham que eu não tenho problemas, que sou de ferro e que sei amar. Na verdade a maioria delas só me consideram um idiota querendo ser notado e figem gostar de mim, fingem até ser meus amigos.
Queria nascer de novo, crescer novamente, ser amável, fazer amigos de verdade...é quando "Lulu" me diz:"nada do que foi será de novo", Marisa rebate "Bem que se quis[...]mas, já é tarde pra voltar";Renato replica "você diz que seus pais não lhe entendem, eles são crianças como você" e Christina completa: "De fato verás que certas vezes não há uma mão pra você se agarrar e levantar-se, mas ouça sua voz interior, apenas se liberte e voe!"
Eu continuo não compreendendo e achando que a felicidade é uma coisa para os outros gozarem. O meu problema é não aceitar o que acho que devo ser.
Preciso de uma reabilitação, mas não tenho forças para me curar. Acabo só me magoando e magoando cada vez mais.
É quando reflito o desabafo, tento enxergar a voz interior e percebo que exagero um pouco e concluo: de fato, eu não posso desistir! Tenho muitos sonhos ainda por realizar. A vida só começou agora, por isso me resta viver.
Mesmo que não seja intensamente, mas me resta simplesmente viver!

sábado, 22 de setembro de 2007

Dor de viver

Meus olhos tremem, minha boca lateja, meus dentes ragem.
Meu coração aperta, meu introspecto quer desabar, minha alma susurra sem força.
É isso que sinto quando lembro do "eu te amo" que em uma decáda de vida não disse a minha avó, até que nunca mais pude vê-la.
Mas, não me resta só lember as feridas. Deixar viver essa amarga queimadura em meu ser!
Entretanto, parece que quanto mais vivo, mais deixo de aprender com o não feito, abrindo brechas ao inseguro, ao desamor, à dor. Me deixando levar por esse mundo quase perdido, até que uma mínima luz dispara em meu universo, me dando forças pra querer continuar, compreender, querer crescer e quem sabe amar!

Tempo é Vida

O tempo corre, passa, corre! Nunca pára!
A vida é um sopro de areia perdida no tempo.
Por isso: opine, crie, fale, ame, erre, concerte, aprenda, seja diferente e não apenas mais um, globalize, plante, vise, liberte sua filosofia introspectiva...aproveite o tempo; não dê tempo ao tempo, tampouco morra com ele.
Para que ao olhar para o passado, quando estiver no estágio final da vida, você vibre sua alma e diga: eu tentei, eu vivi!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Povo Inerte

"o que agente faz, revela o que agente é'"
A todo instante acompanhamos nos veículos de comunicação os diversos escândalos políticos que "assolam" essa pátria brasileira marcada pela injustiça e impunidade. Sempre ousamos em apontar o(s) culpado(s)...basta olharmos ao espelho!
Somos um povo cheio de sincretismo, pluralidade, mas secos de compromisso, responsabilidade social e ousadia, por isso somos grandes culpados da realidade do Estado brasileiro.
Ao olhar para o passado, podemos nos maravilhar com a garra de brasileiros que ousaram, mesmo em épocas de crise e repressão, como por exemplo:Carlos Prestes, Zuzu Angel, Chico Buarque e tantos outros.
Hoje numa liberdade muito mais ampla, parece que vivemos numa alienação pertubadora onde nem se quer opinamos. Dizer simplesmente que políticos são todos ladrões, é uma maneira de desviarmos nosso sentimento de culpa, pois quem os elegem somos nós!
O Brasil só melhorará de fato quando cada cidadão refletir do seu papel e agir, trangredindo em verdade de seres vivos e humanos para seres sócio-políticos.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

S.I.S.T.E.M.A

Sei que nada sou, que nada sei, mas sei que serei, que aprenderei.
Sei também que sonhar é simples e prazeroso e que o realizar é caro.
Sinto um "destruir" por dentro às vezes quando estou a viver o presente e imaginar o futuro.
Mas, o que será que serão, saberão e sentirão esses que vivem à margem, cruxificados pelo sistema?!

Mulher.

"Este é um mundo masculino! Mas, ele não seria nada sem as mulheres[...]"
James Brown
Atenção homens! Não às digam quem elas são! Nem digam o que devem fazer, pois durante toda a história da humanidade nós erramos e aprendemos: não podemos com elas, não podemos derrubá-las!
Mulher: palavra de entonação forte, que destingue o sexo do ser mais admirável o qual enche de graça o mundo, concebe o mundo.
O glamour de Marylin, a iponência de Elisabeth , a garra de Olga, a inteligência de Edvânea, a alegria de Nathália, o sorriso de Suelen, o amor de minha mãe, o carisma de Dayse, a amizade de Cíntia, a sinceridade de Kátia, o vozeirão de Christina, a ânsia das inúmeras desconhecidas trabalhadoras que geraram o 8 de março sendo incendiadas vivas numa indústria. A força de todas estas que nos trazem ao mundo: as mexicanas, as brasileiras, as africanas...
Sim! Este ainda é um mundo masculino, mas o que seria dele sem as mulheres, sua essência?
Simplesmente, NADA!

domingo, 16 de setembro de 2007

Janelas da Alma

"alma! quero ver sua alma...a epiderme da alma"(zélia Duncan)

como ver a alma de alguém? muito simples! só basta intonizarmos nosso olhar nos olhos de determinada pessoa.
Os nossos olhos funcionam como "janelas da alma". O nosso olhar relamente expressa como está o nosso espírito! É através do olhar que percebemos a alegria, tristeza, euforia, ira e tantos outros sentimentos que predominam nas fisionomias das pessoas.
Desde o olhar marcante de Cláudia Abreu interpretando uma "moçinha ou vilã brasileira" ao olhar de Hilary Swank fazendo uma "Menina de Ouro" bastante dramática. Desde o olhar vibrante de Christina Aguilera interpretando suas canções nos palcos mundias ao olhar entusiasmante de Marisa Monte, Ivete Sangalo e tantas outras intérpretes brasileiras. Desde o olhar doce e sábio de Rachel de Queiroz ao olhar "inusitado" de Luiz Fernando Veríssimo que são transmitidos até nós através de seus textos. Desde o "olhar desconhecido" que é passado por um estranho na rua até o de quem nemvemos, mas cremos que é olhar divino. Enfim, cada olhar é único e nos deixa sempre uma mensagem.
O olhar é alma! Os olhos são epiderme da alma. São verdadeiramente as janelas da alma...
Termino esta crônica, falando do "difícil olhar" daqueles que infelizmente não tem "noção" das cores, das belezas desse mundo, mas que irônicamente expressam melhor sua alma do que aqueles que "ENXERGAM".

obs: esta crônica, eu escrevi quando era oitava série aos 14 anos, e foi publicada no livro "O chiclete e Outras Primeiras Crônicas", organizado pela professora Edvânea Maria.

because...

Hoje, mas uma vez refleti ao ver minha pequena sobrinha ficar me perguntado o que são todas as coisas, desde um lápis sem ponta ao estabilizador do pc...ela pergunta tudo! Pois bem, me lembrei de uma certa vez que ao assistir Tv com minha família aos 6 anos perguntei à minha mãe: "mainha por que esses homens de terno que mostram todo dia na tv roubam?"
Agora, aos 15 anos e com um jeito de pensar que às vezes me acho com alma de velho, já obtive minha resposta para aquela amrga indagação, só que me pego angustiado sem entender certas coisas:por que pessoas que trabalham uma vez por semana ganham um milhão? por que pessoas sem talento gravam discos e vendem milhões enquanto artistas das praças nem são observados? por que a crueldade de minha raça é sem limites? por que matar? por que?
Enfim, a vida é feita de porquês, só espero que quando minha sobrinha tiver minha idade ela indague coisas melhores.