sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Natalismo

Quando dezembro chega fico animado de cara! Não só pela minha comemoração de nascimento, mas também pela 'espiritualidade' que aparentemente domina essa época de desfecho anual.
Nas primeiras semanas do mês 12, os cristãos vivenciam o advento-preparação para a chegada do Cristo- que justifica a comemoração do natal, não é?!
Mas, o que há é um mês marcado, mais do que qualquer outro mês, pelo consumismo, capitalismo, estrangerismo...e vários outros termos que tenham o tal sufixo que você possa pensar!
O são Nicolau por exemplo, pobre espírito! Foi um homem de enorme caridade que habitou neste nosso universo séculos atrás, e que depois teve sua imagem Mortalizada pelo velhinho de barba branca, roupa vermelha e olhos azuis-coincidentemente ou não- as "cores" dos Estados "Unidos" da América, o país que tanto queremos ser.
Lojas lotadas! Um verdadeiro inferno consumista em meio ao nosso quase extinto "inferno verde", como chamavam os colonizadores portugueses.
Será que a estima de uma pessoa por outra só pode ser demonstrada nessa época do ano, e por presentes? É mesmo necessário comprar a sua "roupa de natal"? Talvez se as pessoas descobrissem como e por quem são produzidas essas roupas de marca que tanto transformam em moda se conscientizariam um pouco...Mas, não se preocupem consumistas. Se algum vestimento apresentar problema, liguem para a tal marca e reclamem, que assim as pobres crianças chinesas e africanas em seus respectivos países, aprenderão a fazer melhor com boas palmadas de ano novo!
Essa é de fato uma época de festa. Festa para os capitalistas, alienadores e cia.
O que vivemos de fato nesse período é um natalismo- triste neologismo que tenho de criar para expressar o advento capitalista para o ano seguinte. Pois não esqueçam que 2008 começará com juros e pagamentos. Mas sei que estamos todos acostumados.
Sendo assim, desejo bons pagamentos e que haja dinheiro- ou money- já que falamos tantas palavras estrangeiras...E comecem a se preparar para o próximo tempo natalista que há de vir. Já que as coisas nunca mudam...afinal, somos o país da ordem e progresso! Ou será do tio Sam verde e amarelo?!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Paranóia Eloquente

Por que às vezes ele tem que beber, chegar tarde e falar besteira?
Por que parece que nada do que eu faço o orgulha?
Por que ela, ao meu ver, a educa tão mal e ignora minhas visões pela minha idade?
Por que ele tem de ser tão intruso? Tão alienado?
Por que ela gosta tanto de fazer comparações?
E, porquê será que eu não consigo demonstrar que os amo tanto, se eles mesmo com tudo o fazem com enorme facilidade?
Sinto medo que essa fase não passe.
Insegurança em excesso;desejo em excesso;dúvidas em excesso;auto-cobrança em excesso...isso, em mim, faz-me querer mais a solidão.
Cuidado em demasia; moralismo e tradição em demasia; convencionalismo em demasia...isso e mais um pouco que há na maioria em minha volta me aprisiona com mais intensidade nessa claustrofobia necessária.
Enquanto a vida vai se tornando cada vez mais inusitada, eu busco apoio em minhas conquistas, objetivos em traçamento e, em meus sonhos um ar límpido para purificar minha imensidão interior.
Uma solução talvez fosse abrir azas e voar;agir naturalmente. Para quê martirizar minha mente se o que é certo pode estar errado, e o que é errado pode estar certo?!
O que é o certo? O que é o errado?
Se essas sangretas interrogações aparetam nunca cessar, é melhor que eu continue vivendo e esqueça disso por enquanto. Ao menos por agora.

sábado, 8 de dezembro de 2007

8 de dezembro

Parece mais que foi ontem, quando me machuquei pela primeira vez, quando adentrei à escola no primeiro instante, quando dei o 1° beijo, quando aos 8 já meio que começava a querer "decidir" minhas vocações futuras...
Hoje, tenho muito a agradecer ao nosso bom Deus pela vida que confiou em minha alma. Vida esta que se iniciou num parto complicado e, que dali, já meio que mostrava a força pela qual eu devia seguir no futuro.
Devo agradecer pela minha família, base natural, diretriz de meu coração.
Pelos amigos queridos que enchem de vigor meus dias. Pelas dores, desamores e incertezas já passados em meu viver que me fizeram e me fazem querer lutar mais e mais pelos meus inúmeros sonhos.
Sonhos! Ah sonhos! São a energia preciosa para a vida de todos.
Devo pedir perdão pelos momentos que habito em caminhos no mínimo sinuosos ou obscuros. Sou apenas "normal", normal como os loucos, normal como todos.
E também pedir, prometer a mim mesmo que nada vai me fazer desistir, que nada me fará cair.
Termino este dia radiante, libertando de minha mais pura filosofia introspectiva essa pequena crônica de meus 16 anos!