quinta-feira, 27 de março de 2008

Inquietudes Confessadas

Quero agora contar-lhe poucas letras. Dizer que as marmas explicações talvez estejam amenizando, pois anseio ações.
Entretanto, o repentino entristecer continua a invadir meu estado próprio. Sem aviso prévio, seja no entardecer ou anoitecer. Simplesmente chega. E tudo muda. Muda é a minha dor interna. Assim como a moradia ultra-coletiva grita num silêncio mortal. Eu quero gritar por liberdade, por justiça. Gritos espaçados, mudos, silenciosos.
Mas, é nesse ponto que caio no inseguro e constante meio-termo e, por vezes, deixo que a monotonia e desânimo me atrapalhem. Minhas entranhas sangram cuidadosamente e meus músculos visíveis mostram o preço.
Confesso que venho me relacionando bem com o norte e o leste, que venho gostando de calma e atitude. Companhia e solidão. Amigos e desconhecidos.
Contudo, também devo destrinchar que venho tendo uma forte impressão que as grandes amizades têm possibilidades de não serem tão longas ou douradoras, e que o abstrato desejado ainda demore um bom tempo pra enaltecer.
Quanto às condições, o amadurecimento e a compreensão vou obtendo com o tempo, todavia ontem à noite essa inquietude avassaladora me fez dormir sob o efeito de lágrimas enquanto, a chuva me trazia uma dúbia nostalgia.

sábado, 15 de março de 2008

No Pátio da Exclusão

Numa sexta parte semanal busca-se um refúgio público que, aos poucos, torna-se privado. Uma liberdade momentânea, que vai resistindo aos ruidos transmitidos pela massa, porém, uma minoria evoluida- ou não- celebra junto algo que eu ainda não compreendo. Metade são depressivos que, como eu, querem disfarçar, por instantes, os angustiantes e dolorosos gritos da alma ocasionados pelo martírio modelar. Querem gozar de uma força que comumente não existe.
Mas,de repente, o tempo acaba. A radiação de alegria vai desaparecendo. As vozes vão sumindo. O imaginário céu azul vai mostrando sua face. A auto-confiança se esgota novamente. As notas voltam a perder o ritmo. E tudo volta ao cotidiano início. Onde foram parar os pássaros uivantes? Onde está a coragem? Não ouço aplausos eufóricos. O frio domina o espaço.
Por mais que não hesite em participar da integração, não sei se é essa felicidade instântanea que almejo.