domingo, 30 de novembro de 2008

Mariposas Enamoradas

Já me descrevia como mariposa que queria fugir do casulo modelar sem se quer cogitar que uma outra mariposa me traria claridade...
Você resgatou minhas sensações do abismo chamado coração das mariposas. E foi através das "Mariposas Suicidas" que eu te vi: toda aquela magia figurada, aquela cartase sobre o Amor ficou presa em meu olhar e palavras por longos dias. Até que numa noite inspiradora, com a luz em minha face, eu me desprendia da neutralidade e caia no estranhamento a professar em melodia ríspida que "ele se revela uma farsa" e movimentando levemente minha cabeça te encontrei em expressão sólida na primeira cadeira à direita. Assim, após juntar-me a um coro operário e cantar que "estranhem o que não for estranho" e sentar pra um debate semanal sobre musicalidade, quarta parede e até socialização dos preconceitos, com tantas caras e palavras, eu estava sentado de frente a ti, e pude sem a mínima malícia perceber os teus traços e cores.
E adiante, horas depois de ver Os Cegos perderem uma luta conta a Morte e tocarem de maneira considerável a minha alma, te reencontrei inúmeras vezes. Te tocava com os olhos, trocava palavras breves e trêmulas. E em pessoas que piscam, acabei por te beijar, e não conseguia ouvir mais a batida explosiva que caracterizava aquele ambiente, nem sentia os esbarros propositais.
Quase oito semanas depois, você me retirou da fechadura e me fez alavanca com seu sorriso explendido. O teu toque é capaz de apagar minha angústia. Tua pronúncia retoca a minha pele. Os teus beijos saciam minhas ânsias. Me anestesias por inteiro. Você parece que veio de uma caverna distante. Talvez de Londres, Pittsburg, Blumenal ou Liver Pool, arrisco dizer que tenhas vindo de Tácito pra me recolocar voz com tua luz, e quem sabe pra me trazer o conforto de poder amar.
És parte de minha fantasia real, natureza total dos meus pensamentos e o motivo pelo qual exigo que me expulsem do labirinto da solidão.
Então, só peço que continueis em minhas páginas, minha mariposa iluminada!
03h14. 30/11.

4 comentários:

Lays Vanessa disse...

A minha mariposa é suicida, pois é pecado desejar a luz.

Unknown disse...

Abalaste! :O

Tobias Farias disse...

Não importa de onde tenha vindo ...
oque importa é que de onde ela veio,
ela trouxe Luz.
Luz que te faz feliz, luz que te ilumina de tal forma que te faz inspirado a mais uma vez nos presentear com um texto que esborra sentimentos, que envolve, que te levanta da cadeira meio que instintivamente, e te faz oferecer aplausos.

Voa sob os auspícios da luz do Pai,
e abraça-te a esta mariposa que te faz tão bem.

Abraços amigo,
não, não abandonarei O nem A Filosofia ^^.

Fernando" M.Neto disse...

que este poeta de sentimentos puros continuem a tecer casulos a mariposas que o fazem bem...

Dá vontade de se apaixonar, com teu texto... Aquela paixão de enamorar-se com um olhar...

Parabéns!