terça-feira, 3 de março de 2009

Pele de Dália

As baladas em sinfonia rockeira parecem delinear acerca de meus traços recentes.
É carnaval, é alegria e saudade, e apenas te toco com o olhar, te olho com desejo.
Queria que os seus braços ultrapassassem os limites da amizade, e estivessem aqui, comigo, por todas as chuvas que encontrássemos.
Enorme alívio minha alma sente ao estar perto de ti. Balbucio tua pele de dália sem malícia, talvez nem tão respeituoso, mas com um pouco da inocência que me sobra.
Para você, aparenta ser só mais um capricho, uma pirraça dessa figura antipática que quer te deixar com pensares confusos, te deixar sem saber quando é brincadeira e quando se torna sério, quando é verdadeiro, e quando começa a ficar dúbio.
Tua voz é tão doce em meus ouvidos. Mas, isso não é uma declaração de amor. Não, não é. Não sei que dimensão de amor pode ter alguém que ainda nem responde por seus atos.
É bem provável que seja paixão. E paixão é pra ser vivida no agora. Sem planos sólidos, sem quantidade exata. O amor tem gigantes dimensões. É pra vida toda. E nós gozamos da mais bela manifestação do amor, a amizade. Mas paixão, ora, paixão pra se concretizar agora, depende da vontade de dois. Se torna extremamente necessário que dois mergulhem numa harmonia que pode durar cinco minutos ou um quarto de vida.
Aí se encontra a pequena problemática platônica. Apenas um quer se jogar no jardim de infância, andar de mãos unidas sob os relâmpagos, correr nas calçadas, lamber o ar pelas ruas e respirar novos rumos de maturidade. Assim, o desejo se torna ilusão.
Nunca desejei um sim por piedade. É claro que receio o que pode mudar depois que amigos encostam suas línguas. Dane-se! Para quê ficar nesse raciocínio?! Tudo flui de maneira tão rápida, áspera, azeda, por culpa de não termos a mente voltada ao que se procede agora.
Engraçado, você me faz ser puro e clichê ao mesmo tempo. Não tenho certeza de nada, apenas queria me lançar sem medo. E por mais que seja difícil engolir respostas contrárias, gosto da tua verdade. É que, em certos momentos, o tempo me faz crê que talvez fosse você parte da calmaria que anseio, que com você poderia firmar oaristos no escuro e no claro. Você mais parece uma pintura bucólica que quer me fazer fugir da agitação e me render ao verde.
Sou grato pela gratuidade de tua amizade, e mesmo que não seja com frequencia, as horas que te vejo são excitantes, e não assoberbadas como de hábito. Pois, entrelaçado ou de mãos livres, sua presença tem sido um capítulo doce nessa jornada que só está no início.

2 comentários:

Tobias Farias disse...

Quem é vivo sempre aparece !!!

Eitá saudades dos teus textos, guri Pittonico :D

Quem não se viu nesse texto,
é por quê não sabe ler ainda.

Como sempre,magistralmente palavreando momentos-de-sentimentos.

Tô sempre de olho, viu ?!

Unknown disse...

Não consigo transmiter em palavra toda explosão de sentimentos que acontece comigo neste momento!
Só te agradeço por todas essas palavras doces. TE AMO MEU AMIGO.