sexta-feira, 17 de julho de 2009
Mariz
É um protótipo imperfeito de doçura.
Uma boneca malcriada de sensibilidade primorosa.
Suas expressões me remetem a um quadro gótico, mas seus olhos inesperadamente me revelam candura. Ela tem um suave veneno, que vez ou outra me ponho a querer provar com os olhos e com os ouvidos.
Demonstra uma firmeza que a faz parecer proveniente de Marte, como mesmo significa o seu nome.
Suas ações são calculadas. Não há nada de exagero. Seus sorrisos, suas lágrimas.
A maioria sente apenas um lado azedo. Eu sinto mais além.
Ela é como uma poesia ultra-romântica: nos deixa ébrios com seus paradoxos, contudo é imersa de emoção. Emoção levemente contida, é bem verdade, mas basta ver o olhar que ela destina à sua amada, vale somente que ela recite um poema com sorriso estampado e olhos brilhantes que essa singularidade fria transborde aos que estão em seu redor.
Consegue ter uma visão de mosca acerca da sociedade com incríveis pitadas de humor negro.
É uma fragilidade encapada de soberba, ela é bem mais que um modelo de cultura: é um mistério imposto aos que ousam cruzar os seus dias.
Ela é um desses personagens confusos a quem desejo que permaneça nas minhas linhas diárias.
Mas, dela, eu ainda não sei quase nada.
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6 comentários:
Nossa! Não sabia que escrevias tão bem!!! Parabéns mesmo!
Abraçoss
Rafael Andrade
Meus parabéns belas palavras espero todos no Blog "Visão de Mosca" http://visaodemosca.blogspot.com
Poxa Elilson tu cada vez se supera cara!
abraços!
William!
Não possui mais o que se superar... minha boa inveja toma posse do 'objeito' que meu autor descreve! Te amo, e agradeço; suas palavras me tocam.
O seu modo de olhar para as coisas tão despercebidas e singelas, é incantador...
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